O certificado internacional valida as práticas sustentáveis desenvolvidas pelos cafeicultores
Produção de café com qualidade, responsabilidade ambiental, social e econômica. O trabalho desenvolvido pelos produtores, cooperados da Expocaccer – Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado, acaba de ganhar o reconhecimento internacional com a certificação de agricultura regenerativa.
Trata-se da certificação da Regenagri® – programa internacional, que tem como objetivo garantir a saúde e a preservação do solo.
As quatro únicas fazendas de café que conquistaram o selo no mundo pertencem ao quadro de cooperados da Expocaccer, sendo elas: Guima Café, Dois Irmãos (Evandro Sanches), Fazenda Farroupilha (Inácio Urban) e Agro Beloni (cooperado Fernando Beloni), sendo esta a primeira do mundo a conquistar a certificação na cafeicultura, em dezembro do ano passado.
A recente conquista reconhece os trabalhos com foco nas práticas sustentáveis que vêm sendo adotados há anos pelos cafeicultores do Cerrado Mineiro, conhecidos também pela qualidade dos grãos produzidos na região.
“Sermos certificados pelo trabalho que estamos desenvolvendo de agricultura regenerativa nas nossas fazendas é um grande reconhecimento. Para nós, a natureza, as boas práticas agrícolas e tecnologias, são grandes aliadas no projeto de expansão da cafeicultura sustentável. Temos trabalhado fortemente nesse sentido, para de fato fazermos algo relevante em nossas propriedades, com foco na produção de cafés de forma responsável através da agricultura regenerativa, atendendo as necessidades do presente e cuidando do futuro”, ressalta a COO do Guima Café, Lucimar Silva.
O programa segue critérios internacionais da certificadora britânica Control Union, atua na melhoria contínua para implementar e acompanhar as boas práticas agrícolas, avalia a responsabilidade ambiental e garante que os produtos são cultivados de forma sustentável, além de promover a conservação e saúde da terra com as práticas da agricultura regenerativa.
A certificação emitida pela empresa Control Union, presente em mais de 70 países, além de certificar e reconhecer as boas práticas, avalia o uso de tecnologias aliada às ações sustentáveis com foco na agricultura conservacionista.
Na Expocaccer, o incentivo às boas práticas agrícolas vem sendo realizada por meio de programas a exemplo da Jornada da Qualidade, Elas no Café e o Educampo. Esses programas de relacionamento são pensados para promover a comunicação e integração com cooperados, parceiros, fornecedores e a sociedade em geral, de forma a promover capacitações, informações e troca de experiências sobre os mais diversos temas, inclusive sobre as boas práticas agrícolas.
“Desde a criação da Expocaccer, a qualidade é uma de suas principais características. Prezamos pela qualidade integral, ou seja, sustentabilidade e qualidade do café. Por este motivo, nossas ações são pautadas em atividades que promovam uma cafeicultura responsável, em todos os seus níveis: ambiental, social e econômico”, explica o Superintendente da Expocaccer, Simão Pedro de Lima.
Dentre as vantagens da prática restaurativa na cafeicultura, está a redução de insumos químicos, produção de alimentos de melhor qualidade, diminuição dos custos, equilíbrio do bioma e redução das emissões de carbono.
O aumento da produção de cafés sustentáveis por parte dos seus cooperados permitiu à Expocaccer conquistar os selos orgânicos: brasileiro, europeu, americano e japonês. Há menos de 1 mês estes selos passaram por uma recertificação, reafirmando, assim, que a cooperativa se mantém habilitada a armazenar e comercializar os cafés de produção orgânica aos países mais exigentes do mundo nos quesitos qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade.
Em 2021, a Expocaccer teve destaque no Prêmio Região do Cerrado Mineiro de qualidade de cafés com a colocação em primeiro lugar, na categoria Natural, com um café orgânico, do cooperado Ricardo Bartholo. Além do ineditismo de ter um café orgânico campeão no concurso de qualidade da região, o cafeicultor bateu o recorde de saca de café de maior valor arrematado no leilão.
ASCOM – Expocaccer